O que esperar dos fundos imobiliários para os últimos meses do ano?
em Suno, 28/julho
Após um primeiro semestre de recuperação para o IFIX, o mercado de fundos imobiliários (FIIs) começou a segunda metade de 2025 com um cenário ainda desafiador, mas repleto de oportunidades. Gestoras como AZ Quest, RBR, Fator, Guardian e Zagros avaliam que, apesar da pressão macroeconômica, há espaço para valorização em setores específicos e janelas pontuais de alocação — especialmente para fundos com caixa disponível e capacidade de adaptação.
Para a Zagros Capital, gestora do GGRC11 e ZAGH11, o investidor precisa estar atento a alguns gatilhos que podem sustentar ou acelerar essa valorização: eventuais cortes na Selic, redução das incertezas fiscais — principalmente a discussão sobre a possível tributação dos dividendos a partir de 2026 — e a continuidade da recuperação operacional em setores-chave.
Ainda assim, a maioria das casas vê fundamentos sólidos em diversas teses, com destaque para logística, crédito imobiliário, fundos de shoppings e até mesmo escritórios, que começam a dar sinais de recuperação.
“Vemos um momento de oportunidade nos fundos de tijolo. Quando os juros estão altos, surgem mais e melhores ativos à venda. É o momento ideal para se posicionar e esperar a recuperação do mercado de capitais no médio e longo prazo”, afirma a AZ Quest Panorama, que também aposta fortemente no setor logístico e em incorporações residenciais de média e alta renda. A gestora é responsável pelo AZPL11.
Já para os fundos de crédito, o cenário continua positivo. A combinação de taxas elevadas e isenção de imposto de renda mantém o apelo desses ativos. “Acreditamos que o setor de papel deve apresentar ganhos mais rápidos neste semestre, especialmente com a possível queda da Selic”, pontua Rodrigo Possenti, Head de fundos imobiliários do Fator, dos FIIs VRTA11, VRTM11, OUJP11 e do Fiagro OIAG11.
Na avaliação da RBR, mesmo diante da valorização recente do IFIX, ainda há espaço para oportunidades de descontos. “O índice segue negociando com mais de 10% de desconto sobre o valor patrimonial e um dividend yield médio de 13,5% ao ano. Os fundamentos operacionais continuam saudáveis, com vacância controlada e reajustes nos aluguéis”, afirma a casa.
“O ambiente ainda exige seletividade e disciplina, mas há boas oportunidades, especialmente em fundos descontados com ativos de qualidade e gestão ativa”, comenta a gestora dos fundos PULV11, TOPP11, RBRY11 e RPRI11.
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