Mercado imobiliário cresceu em 2022: Presidente da Ademi-RJ, Marcos Saceanu, vê boas perspectivas para este ano

O presidente da Ademi-RJ, Marcos Saceanu, fez uma análise do mercado imobiliário carioca em 2022, quando as vendas cresceram 19% frente a 2021. Segundo ele, as expectativas para este ano são boas.

Confira a matéria completa, publicada no O Dia:

O país teve 156.730 novas unidades comercializadas em 2022, alta de 9,2% na comparação com 2021. É o maior volume da série histórica do estudo feito com 18 empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Na avaliação de Luiz França, presidente da Abrainc, para que o setor siga neste mesmo ritmo de crescimento em 2023 é importante que o Banco Central realize medidas regulatórias para aumentar a oferta de crédito imobiliário disponível. “Uma possível medida seria o aumento no percentual de recursos da poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao crédito imobiliário, dos atuais 65% para 70%. Também é possível avaliar alternativas de estimulo ao financiamento habitacional, como a redução dos juros de credito imobiliário no IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física”, observa França.

Já no Rio de Janeiro, o total vendido no ano passado foi de 16.867 unidades, avanço de 19% ante aos 14.006 imóveis comercializados em 2021 e acima também da média nacional, de acordo com Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário). “Nossa expectativa é a de mais lançamentos em 2023, com mais participação do segmento econômico, onde está o maior déficit habitacional, e vendas crescendo. As perspectivas são boas, levando em conta que o Rio cresceu acima da média nacional em 2022 e apresenta um cenário saudável em termos de estoque”, prevê Saceanu.

Cláudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), avalia que o comportamento do mercado em 2022 foi muito semelhante ao de 2021, ou seja, puxado pelos imóveis de alto padrão, aqueles acima de R$ 1,5 milhão. “Certamente, o ano de 2022 terminou muito melhor do que o mercado imobiliário esperava, tento em vista o terceiro trimestre bastante impactado pela questão eleitoral. Infelizmente, vimos mais uma vez uma queda no volume de imóvel do segmento econômico Minha Casa, Minha Vida ou Casa Verde e Amarela, o que é um contra senso em um país de um dos maiores déficits habitacionais do planeta”, ressalta Hermolin.

Para ele, o resultado de 2023 vai depender muito de como será a política de juros. “É um ano importante para o desenvolvimento do nosso setor. Apesar de termos alcançado números expressivos na concessão de crédito em 2022, ficamos abaixo dos de 2021. Medidas são importantes para estimular o crédito ao setor, não somente na compra de imóveis, mas também para produção”, destaca o presidente do Sinduscon-Rio.

Médio e Alto Padrão avança 67,8%

De acordo com o levantamento da Abrainc, em 2022 o setor foi fortemente impactado pela venda de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP). O segmento somou 46.878 unidades comercializadas e um crescimento de 67,8% em relação ao ano anterior. Do outro lado, o antigo Casa Verde e Amarela (CVA), hoje Minha Casa, Minha Vida (MCMV), totalizou 105.826 unidades vendidas, oscilação de – 6,4% na comparação com o total de vendas do ano anterior. As incorporadoras participantes do estudo relataram a entrega de 89.318 imóveis no ano passado, número 13,2% superior ao total entregue em 2021 (78.902 unidades) e o melhor resultado desde 2016 (122.060).

Mais de 129 mil unidades lançadas

No ano passado, indica a pesquisa da Abrainc, foram lançadas 129.432 unidades, o que representa o segundo maior volume da série histórica da entidade, iniciada em 2014, ficando atrás apenas do resultado de 2021 (153.726 unidades). Do total, 65,8% são do antigo CVA, representando 85.180 imóveis. Em relação ao MAP, responsável por 34,2% dos lançamentos imobiliários, foram 44.247 novas moradias. Já com relação a valores, o preço médio dos imóveis novos vendidos subiu 10% e ficou em R$ 344,5 mil, enquanto a média de preços dos lançamentos foi de R$ 381,4 mil, alta de 11,4% ante 2021.

Distratos caem 9,5%

Outra boa notícia é a comparação entre distratos e vendas de unidades do Médio e Alto Padrão (MAP) em 2022. Essa relação atingiu o menor patamar da série histórica (9,5%), queda de 1,4 pontos percentuais em relação a 2021. Para efeito de análise, no fim de 2018, quando foi publicada a Lei nº 13.786/18 (Lei do Distrato Imobiliário), que estabeleceu parâmetros para a resolução de contrato de compra e venda de imóveis por desistência e por inadimplência das partes, a relação distratos/vendas entre os imóveis de Médio e Alto Padrão era próxima dos 50%.

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