Casas multimilionárias que serão construídas no terreno da mansão mais cara do Brasil têm preço reduzido pela metade

em Diário do Rio, 12/dezembro

O empreendimento, antes previsto para reunir oito casas avaliadas em cerca de R$ 50 milhões cada, agora terá dez residências, com preços que partem da metade desse valor.

O projeto das mansões superluxuosas que serão erguidas no terreno da antiga casa da família Amaral, no Jardim Pernambuco, no Leblon, passou por uma reformulação que adiou a entrega e derrubou o valor inicial das unidades. O empreendimento, antes previsto para reunir oito casas avaliadas em cerca de R$ 50 milhões cada, agora terá dez residências, com preços que partem da metade desse valor. A previsão é que tudo fique pronto apenas no primeiro semestre de 2028.

As construções ocuparão o extenso terreno da antiga mansão dos proprietários da antiga rede de supermercados Disco. Vendido no ano passado por R$ 220 milhões, o imóvel foi considerado a casa mais cara à venda no Brasil. A negociação foi pilotada pelo corretor Paulo César Ximenes, diretor da Sérgio Castro Ouro.

Segundo o responsável pela construtora que toca o empreendimento, a mudança no desenho ocorreu por demanda dos compradores, que preferiram casas menores e com possibilidades mais customizáveis. O projeto arquitetônico é assinado por Thiago Bernardes, e a ideia é que as residências mantenham um padrão visual comum, mas com liberdade para ajustes internos e externos.

A mansão continua?

A resposta ainda é difícil ser respondida de forma objetiva. Mas, ao que tudo indica, até 2028, a enorme mansão em estilo inglês, construída nos anos 1980 e hoje no centro do terreno, deve ser demolida para dar lugar ao novo condomínio. A casa tem 11 mil m² de terreno, 2.500 m² de área construída, seis suítes, 18 banheiros, 15 vagas, biblioteca, salas de jantar, música, reuniões e uma área de lazer que incluía piscina semiolímpica, salão, churrasqueira e elevador privativo. Os jardins são assinados por Burle Marx, autor do paisagismo do Aterro do Flamengo.

O novo condomínio promete ainda serviços compartilhados, como jardineiro, piscineiro, mensageiro e até transporte interno para facilitar a circulação dentro da propriedade.

Leilão valioso

A casa viveu, nesta última semana, uma espécie de “último ato”. O imóvel recebeu um leilão exclusivíssimo que colocou à venda o acervo reunido durante décadas pelos antigos proprietários. Foram cerca de 2 mil lotes, somando quase 10 mil peças, que ultrapassaram R$ 25 milhões. O conjunto incluía obras de grandes nomes das artes plásticas, pratarias, mobiliário raro, porcelanas de alto valor e objetos pessoais da família.


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