A AirConcierge, empresa especializada na gestão de casas de alto padrão para hospedagem de luxo, tem observado um movimento crescente de insegurança entre proprietários do público A+ diante do avanço da reforma tributária. Nos últimos meses, clientes que possuem imóveis de alto valor em destinos premium passaram a demonstrar receio diante de informações fragmentadas, alarmistas e muitas vezes equivocadas que circulam na mídia e nas redes sociais. A expectativa do mercado imobiliário de luxo é deque a incerteza tributária impacte diretamente a tomada de decisões e adie novos investimentos, o que já vem sendo percebido no dia a dia da empresa.
O cenário levou a AirConcierge a assumir um papel ativo na busca por
informações técnicas e confiáveis. A iniciativa surgiu de uma necessidade
prática: diante da avalanche de dúvidas, a empresa identificou que seus clientes
estavam “no escuro”. Sem respostas claras sobre impactos reais na tributação
de imóveis, patrimônio e modelos de estrutura societária, muitos proprietários
passaram a temer mudanças drásticas e até a considerar decisões precipitadas.
“Nossos clientes estavam se sentindo desamparados. Recebiam conteúdos
alarmistas, muitas vezes distorcidos, e não encontravam informação qualificada
sobre o que realmente mudaria com a reforma. Precisávamos agir”, afirma Celso
Pinto, Diretor da AirConcierge.
Para suprir essa lacuna, a empresa procurou a Galapagos Capital, companhia de
investimentos globais com mais de R$ 32 bilhões em ativos sob gestão, para uma
parceria capaz de oferecer clareza e orientação técnica. A partir dessa
articulação, formou-se um grupo que reúne a Air Concierge, a Galapagos
Capital, a XP e outros escritórios que atendem famílias de alto patrimônio.
Embora não seja uma iniciativa formal, a aproximação tem o objetivo de
esclarecer dúvidas reais, apresentar cenários possíveis e desmistificar equívocos
amplamente disseminados. “Cada empresa atua de forma independente, mas
todas compartilham a percepção de que o público A+ está carente de informação
confiável sobre o tema”, explica Pinto.
O planejamento fiscal é um dos pilares mais importantes da gestão de
patrimônio. Estar atento às mudanças é fundamental para que nossos clientes
possam tomar decisões corretas e mais eficientes em relação aos seus
objetivo;, explica Arnaldo Curvello, sócio e head de wealth management da
Galapagos Capital.
Segundo o Diretor da AirConcierge, há hoje um “vazio informacional” que precisa
ser preenchido, já que pouco se fala sobre o que de fato está previsto no texto,
o que já está acordado tecnicamente e como cada tipo de estrutura (pessoa
física, jurídica, holdings, fundos ou arranjos familiares) será impactada. “O que
ouvimos dos especialistas é que ninguém está fazendo o básico: explicar
objetivamente o que vai acontecer. Durante o evento, ouvimos informações que
não estão sendo tratadas e vimos empresários experientes genuinamente
surpresos. Há muito ruído e pouca análise técnica”, destaca o executivo.
Entre os equívocos mais frequentes, a empresa cita interpretações exageradas
como a ideia de que “os imóveis terão CPF”, que “tudo ficará muito mais caro
para qualquer pessoa”, que “todos serão tributados da mesma forma”, ou ainda
a falsa orientação de que “a melhor saída é parar de declarar”. Também é
comum a suposição de que as regras começarão a valer integralmente já em
janeiro, quando há fases de transição previstas e diferentes situações para
imóveis existentes ou novos investimentos.
Para famílias de alto patrimônio, os impactos reais tendem a ser concentrados e
mais expressivos. Propriedades de alto padrão organizadas de maneira
inadequada, especialmente quando mantidas integralmente em pessoa física,
podem enfrentar aumento relevante da carga tributária. Muitas famílias
precisarão revisar estruturas societárias, reorganizar holdings e compreender
novos enquadramentos para preservar eficiência fiscal.
"A tributação direta sobre o consumo por pessoas físicas é uma novidade em
relação ao sistema atual. Sob algumas condições, as pessoas físicas, que já
pagam 27,5% sobre a renda, poderão se submeter a alíquotas adicionais com
potencial para ultrapassar os 14% em operações imobiliárias complementa
Paulo Benith, Tax Associated da IRKO Hirashima.
Embora não seja imediato, o impacto é considerado significativo para quem
possui grandes ativos, múltiplos imóveis ou estruturas patrimoniais complexas,
exatamente o perfil dos proprietários atendidos pela Air Concierge.
A empresa reforça que seu objetivo é promover informação responsável e
qualificada, diminuindo o ruído que tem alimentado ansiedade entre seus
clientes. “Mais do que administrar imóveis, nós cuidamos de pessoas e de
patrimônios. Nosso papel é oferecer tranquilidade e segurança, especialmente
em momentos de incerteza. Por isso decidimos liderar essa conversa e
aproximar nossos clientes de quem realmente entende do assunto. Informação
correta é a melhor forma de proteger o patrimônio e tomar decisões
conscientes”, conclui o executivo.