Ipiranga troca sede de São Cristóvão pelo Centro, e antigo prédio estaria na mira de construtora do Porto

em Diário do Rio, 7/abril

Rumores indicam que, caso a construtora decida comprar o imóvel, a construção de 12 andares poderia ser demolida para dar espaço a novos empreendimentos.

Depois de mais de 40 anos em São Cristóvão, a sede da Ipiranga, uma das maiores empresas de distribuição de combustíveis do Brasil, mudou de endereço. A companhia agora ocupa cerca de 4.000 m² da torre oeste do Edifício Ventura, um dos prédios mais luxuosos do Centro do Rio. A informação foi antecipada pelo DIÁRIO DO RIO em outubro do ano passado e anunciada publicamente nesta segunda — ainda com mistérios envolvendo a casa nova. O CEO da empresa postou um emocionante vídeo em seu Instagram se despedindo do Bairro Imperial, na sexta feira.

Com um valor de locação estimado em R$ 130 por metro quadrado, a mudança foi considerada uma das maiores locações do terceiro trimestre do Rio em 2024. A escolha indica uma tendência de recuperação do mercado imobiliário de escritórios no Centro, que vinha se recuperando de anos difíceis. Segundo a diretoria da empresa, mudança de endereço estaria acompanhando a evolução da Ipiranga e do mercado.

Na mira do mercado imobiliário do Porto

O prédio emblemático da antiga sede de São Cristóvão — na Rua Francisco Eugênio —, não ficará desocupado por muito tempo. Informações do mercado apontam que uma grande construtora está de olho na propriedade, com planos de incorporá-la ao seu portfólio na Região Portuária. Embora a mesma tenha se recusado a comentar o assunto, fontes especulam que o imóvel pode ser transformado em um novo projeto residencial, aproveitando o momento de alta nas vendas da área.

Rumores indicam que, caso a construtora decida comprar o imóvel, a construção de 12 andares, da década de 80 e com estilo brutalista, poderia ser demolida para dar espaço a novos empreendimentos. No imbróglio, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, órgão responsável pela preservação do patrimônio histórico da cidade, teria chegado a tentar colocar um entrave nesse processo, já que o prédio estaria no radar do instituto, que, segundo informações de bastidores, estaria considerando preservá-lo devido à uma suposta relevância arquitetônica, em que pese tratar-se de um prédio moderno em concreto.


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