Leblon, Ipanema, Lagoa e Jardim Botânico estão no radar de fundo de R$ 150 milhões

em Diário do Rio, 17/dezembro

O plano é replicar no Rio a estratégia já adotada em São Paulo, com mandato claro para investir em terrenos que receberão projetos de uma construtora com atuação dominante na Zona Sul, sobretudo no Leblon.

Os endereços mais caros do Rio voltaram com força ao radar do mercado imobiliário. Ipanema, Leblon, Lagoa e o Jardim Botânico, bairros que concentram os maiores valores de metro quadrado da cidade, estão na mira de um novo fundo que pretende investir até R$ 150 milhões em terrenos para projetos residenciais de alto padrão na Zona Sul.
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A movimentação é liderada pela Boreal Capital, gestora paulistana criada em sociedade entre seus fundadores e o Banco Pine. O plano é replicar no Rio a estratégia já adotada em São Paulo, onde a casa se comprometeu a aportar cerca de R$ 350 milhões em um fundo focado exclusivamente nos bairros mais valorizados da capital paulista.

No Rio, o fundo está sendo estruturado em parceria com a Vinci Compass e terá mandato claro de investir em terrenos que receberão projetos assinados pela Mozak, construtora com presença massiva na Zona Sul, especialmente no Leblon. A empresa é especializada em lançamentos de altíssimo padrão, inclusive, pelos projetos das casas multimilionárias que estão sendo erguidas no Jardim Pernambuco, no terreno da mansão que ficou conhecida como a casa mais cara do Brasil, vendida no ano passado.

A lógica da operação passa por financiar o desenvolvimento dos empreendimentos, com foco na venda das unidades. O arranjo inicial prevê que a Boreal aporte R$ 50 milhões até o primeiro semestre do ano que vem, com a Vinci investindo valor equivalente. A expectativa é que o volume cresça à medida que a fila de projetos da construtora avance, acompanhando novas aquisições de terrenos.

Segundo Leonardo Rigobello, sócio fundador da Boreal, a escolha pelos bairros da Zona Sul segue um critério pragmático. De acordo com ele, a gestora busca localizações óbvias, onde a liquidez e a demanda ajudam a reduzir riscos em um ambiente macroeconômico mais instável. A estratégia, afirmou em entrevista à coluna Capital, de O Globo, é evitar estresse desnecessário em ciclos mais duros da economia.

Além da localização premium, o modelo de negócio traz uma vantagem competitiva relevante. A Boreal conta com o apoio do Banco Pine, o que reduz a exposição aos ciclos de captação que hoje pressionam gestoras independentes.


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