Quitinetes de R$ 1 milhão: 5 bairros com o metro quadrado mais caro do Brasil

em Capitalist / Economia, 28/novembro

Levantamento revela que pequenas quitinetes em bairros de luxo podem custar quase R$ 1 milhão, enquanto imóveis maiores superam R$ 10 milhões.

O mercado imobiliário brasileiro vive um momento de contrastes que chama a atenção de especialistas e compradores: enquanto o país ainda debate a acessibilidade à moradia, os bairros mais valorizados do Brasil registram valores que impressionam até investidores experientes.

Um novo levantamento da Loft, baseado em 450 mil anúncios residenciais ativos entre agosto e outubro de 2025, revela que, nas regiões mais exclusivas, tanto imóveis compactos quanto residências de alto padrão alcançam cifras que ultrapassam qualquer expectativa.

A pesquisa confirma a existência de bolsões de luxo em grandes centros urbanos, onde o preço do metro quadrado atinge patamares recordes, chegando facilmente aos R$ 32 mil em unidades de 30 m², avaliadas em quase R$ 1 milhão.

Nos imóveis de maior metragem, esse valor dispara: casas e apartamentos ultrapassam R$ 10 milhões, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Balneário Camboriú.

Quitinetes de R$ 1 milhão: o metro quadrado mais caro do país

O segmento de imóveis compactos, entre 25 m² e 30 m², registra algumas das maiores valorizações do mercado imobiliário brasileiro.

No topo do ranking aparece o Itaim Bibi (São Paulo), onde uma unidade de menos de 30 m² tem preço médio de R$ 914 mil, resultado de um valor por metro quadrado que ultrapassa R$ 32 mil.

Logo em seguida vem a Gávea (Rio de Janeiro), com preço médio de R$ 834 mil, seguida por bairros como Vila Nova Conceição, Três Figueiras, Jardim Paulistano, Pinheiros e Vila Olímpia.

Esses locais têm algo em comum: alta demanda, escassez de oferta e um público que prioriza localização estratégica, serviços ao redor, segurança e mobilidade.

Segundo a Loft, essa combinação torna os compactos extremamente líquidos, ou seja, vendem-se rapidamente, o que impulsiona ainda mais o preço do metro quadrado.

Profissionais solteiros, executivos, investidores e pessoas que passam pouco tempo em casa estão entre os principais compradores.

Onde o metro quadrado explode: 5 bairros com maior valor em imóveis compactos

Entre os destaques do ranking nacional estão:

  1. Itaim Bibi (SP): R$ 914.669 por unidade, R$ 32.740/m²
  2. Gávea (RJ): R$ 834.914 por unidade, R$ 28.836/m²
  3. Vila Nova Conceição (SP): R$ 696.183 por unidade, R$ 27.183/m²
  4. Três Figueiras (RS): R$ 696.157 por unidade, R$ 27.040/m²
  5. Jardim Paulistano (SP): R$ 682.900 por unidade, R$ 25.451/m²

São Paulo domina o ranking, com 16 dos 30 bairros mais caros para imóveis compactos, seguida por Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Imóveis acima de R$ 10 milhões: o alto padrão que redefine o luxo no Brasil

No outro extremo da lista, os imóveis de grande porte revelam um cenário igualmente impressionante. Três bairros ultrapassam a faixa dos R$ 10 milhões em média.

  1. Residencial Dois – Tamboré (Santana de Parnaíba, SP): R$ 12,7 milhões
  2. Tamboré (Barueri, SP): R$ 11 milhões
  3. Praia do Estaleiro (Balneário Camboriú, SC): R$ 10,6 milhões

A capital paulista também aparece como protagonista, com o prestigiado Jardim Europa, onde os preços superam R$ 10,4 milhões e o metro quadrado ultrapassa R$ 33 mil.

Essas regiões se caracterizam por terrenos amplos, projetos arquitetônicos exclusivos e infraestrutura que oferece privacidade, segurança e status.

Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a valorização está diretamente ligada à localização privilegiada, ao potencial construtivo e ao perfil de compradores de alto padrão.

Mercado de luxo em expansão

O levantamento também mostra forte presença de bairros nobres em Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro, consolidando um padrão nacional de valorização em áreas onde a exclusividade, segurança e qualidade de vida são fatores determinantes.

A partir desses dados, fica claro que o mercado imobiliário de luxo no Brasil segue em expansão tanto nos imóveis compactos ultravalorizados quanto nas megaresidências de altíssimo padrão.

Em ambos os casos, a combinação entre localização estratégica e demanda elevada continua sendo o motor dessa escalada de preços.


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