Airbnb proíbe câmeras de segurança dentro de imóveis alugados pelo app; veja novas regras
em Estadão, 12/março
Conforme a plataforma de hospedagens, as mudanças envolvem o monitoramento em ambientes internos; câmeras ocultas sempre foram proibidas.
O Airbnb anunciou mudanças relacionadas ao uso e divulgação de câmeras de segurança, dispositivos de gravação, monitores de ruído e dispositivos domésticos inteligentes dentro de imóveis alugados por meio da plataforma para atividades de lazer ou negócios. Conforme divulgação feita na segunda-feira, 11, as novas medidas começam a valer a partir do dia 30 de abril deste ano.
“Não permitimos que os anfitriões tenham câmeras de segurança ou dispositivos de gravação que monitoram espaços internos, mesmo que esses dispositivos estejam desligados. Os anfitriões têm permissão para ter câmeras de segurança em áreas externas, monitores de ruído e dispositivos inteligentes, desde que cumpram as diretrizes a seguir e as leis aplicáveis”, afirma a plataforma de hospedagens.
O Airbnb reforça ainda que as câmeras ocultas sempre foram proibidas e continuarão sendo. O objetivo é manter a privacidade das pessoas durante o momento da hospedagem. Desta forma, os anfitriões devem entrar em contato por meio do app para realizar alterações em seus anúncios, assim como realizar as alterações necessárias dentro dos imóveis até a data estipulada.
Confira a seguir as regras estabelecidas pelo Airbnb:
Câmeras de segurança e dispositivos de gravação:
- Câmeras de segurança e dispositivos de gravação são qualquer dispositivo que grave ou transmita vídeo, imagens ou áudio, como um babá eletrônica, campainha inteligente ou outra câmera;
- As câmeras de segurança ocultas são estritamente proibidas;
- Os anfitriões não têm permissão para ter câmeras de segurança e dispositivos de gravação que monitoram áreas internas da acomodação, como corredores, quartos, banheiros, salas de estar ou casas de hóspedes, mesmo que esses aparelhos permaneçam desligados;
- Os anfitriões podem ter câmeras de segurança e dispositivos de gravação externos, desde que sua localização seja divulgada. Por exemplo, devem informar se há uma câmera no jardim da frente, se tem uma câmera no quintal ou se há uma câmera na piscina;
- Os anfitriões não podem colocar câmeras de segurança e dispositivos de gravação em áreas externas onde os usuários têm uma expectativa maior de privacidade, como em um box de chuveiro fora da acomodação ou em uma sauna;
- Os anfitriões não são obrigados a divulgar câmeras de segurança e dispositivos de gravação que não estão sob seu controle, como câmeras de segurança no saguão do prédio, mas devem informar aos hóspedes sobre a presença dessas câmeras.
Dispositivos domésticos inteligentes:
- Os dispositivos domésticos inteligentes são aqueles que se conectam e interagem com outros dispositivos ou redes, como a Alexa da Amazon e o Google Nest;
- Os anfitriões podem ter dispositivos domésticos inteligentes;
- O Airbnb recomenda que os anfitriões divulguem sua presença na acomodação, mas isso não é obrigatório. Também incentiva os anfitriões a dar aos hóspedes a opção de desconectar ou desativar dispositivos inteligentes.
Monitores de ruído:
- Os monitores de ruído são dispositivos que avaliam os níveis de som e sua duração, mas não gravam áudio;
- Os anfitriões têm permissão para ter monitores de ruído no interior da acomodação, desde que divulguem a presença dos aparelhos e que eles estejam localizados em uma área comum;
- Os anfitriões não são obrigados a divulgar a localização dos monitores de ruído.
Em 2020, o Airbnb proibiu a realização de festas e eventos de qualquer natureza em espaços anunciados na plataforma. Inicialmente temporária, a medida começou a valer permanentemente em 2022.
Caso o hóspede precise realizar alguma queixa, pode entrar em contato pelo fale conosco por email, chat ou pelo telefone (21) 3958-5800.
Casal surpreendido com câmera escondida
Em janeiro deste ano, um casal de turistas de São Paulo encontrou uma microcâmera escondida, modelo de câmera-espiã, em uma falsa tomada do quarto em que estava hospedado em um condomínio de luxo na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, distrito de Ipojuca, em Pernambuco.
Na ocasião, o caso levantou polêmica sobre a privacidade e segurança das pessoas. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da 43.ª circunscrição da cidade.
Segundo a Polícia Civil, o casal estava viajando com duas amigas e se hospedou de 13 a 17 de janeiro no OKA Beach Residence. Na época do ocorrido, a administração informou que o local é um condomínio residencial, e não hotel. Em nota, a Booking afirmou que “estava analisando detalhadamente o caso e lamentou a situação relatada”.
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