Imóveis econômicos lideram com 54% dos lançamentos em São Paulo
em Terra, 11/junho
Entre maio de 2023 e abril de 2024, foram lançados 79,5 mil apartamentos na capital paulista, dos quais 42,6 mil eram imóveis econômicos.
No acumulado de 12 meses, os lançamentos de imóveis econômicos atingiram a marca de 54% em unidades residenciais, mas em valor representam 21% da soma total dos apartamentos vendidos no mesmo período, de acordo com a pesquisa mensal do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Entre maio de 2023 e abril de 2024, foram lançados 79,5 mil apartamentos na capital paulista. A maioria está enquadrada no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com limite de preço de R$ 350 mil. São 42,6 mil imóveis econômicos, ante 36,9 mil de todos os outros segmentos - desde o médio até o altíssimo padrão.
Em 12 meses, as vendas na cidade de São Paulo chegaram a 84,7 mil unidades, com um preço global de R$ 48,7 bilhões. Aqui, a supremacia é da linha de produtos classificada pelo Secovi de "outros mercados", com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 38,5 bilhões (79% do total). Para os econômicos, ficou uma fatia de R$ 10,2 bilhões (21%).
O Secovi já havia divulgado o recorde com 76,1 mil unidades comercializadas em 2023. Agora, as vendas subiram mais. "O mercado é crescente, consistente e com altíssima demanda", diz o presidente do Secovi, Rodrigo Luna. "Os números mostram uma intenção de compra cada vez maior."
Reeleito para mais um mandato (biênio 2024-2026), o presidente do Secovi elogia o "aprimoramento" do MCMV, ampliando o acesso das famílias à casa própria. "É um programa vencedor, que tem forte demanda", afirma Luna, citando o déficit habitacional de 7 milhões de unidades como "uma chaga social".
Alta
Estudo da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), com base em pesquisa feita em 220 cidades, aponta aumento superior a 50% nos preços médios de apartamentos no País desde 2019. Nesse mesmo período, o metro quadrado de imóveis de altíssimo padrão mais que dobrou, chegando ao recorde de R$ 75 mil em lançamento feito em São Paulo.
"Os aumentos de preços têm dois vilões", diz Luna, apontando, em primeiro lugar, "a inflação produzida pela pandemia, que desequilibrou a cadeia de insumos e os custos de construção". Outro ponto, segundo ele, é uma "legislação que restringe o potencial construtivo" dos terrenos.
"Como a demanda é grande, os terrenos bem localizados são disputados, e os preços vão subindo", afirma. "Mesmo com essa realidade de preços, temos absorção."
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