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Cyrela quer aumentar lançamentos, mesmo com mercado desafiador
em Valor Econômico, 16/maio
Co-CEO, Raphael Horn disse durante teleconferência de resultados que a empresa pode ter vantagem sobre concorrentes pelo reconhecimento público que tem, e que o segundo trimestre está “indo bem”.
Apesar do cenário macroeconômico desafiador, a Cyrela pretende lançar toda a sua grade de projetos para o ano, o que significaria um aumento no volume de lançamentos sobre 2024, de acordo com o co-CEO Raphael Horn. Ele falou com analistas nesta sexta-feira (16), em teleconferência de resultados da incorporadora.
Com condições mais difíceis de mercado, a empresa pode ter vantagem sobre concorrentes pelo reconhecimento público que tem, explicou. Ainda segundo ele, o segundo trimestre está “indo bem”. “Sigo moderadamente animado”, disse.
A incorporadora tem percebido que os clientes demoram mais para conseguir encontrar um financiamento imobiliário adequado, afirmou o diretor financeiro Miguel Mickelberg, mas não tem visto um aumento nos distratos. O percentual do imóvel que é pago até a entrega das chaves — momento no qual o cliente é “desligado” da incorporadora e contrata o financiamento com um banco — caiu de cerca de 55% no ano passado para 50% neste ano, em média. “Continua bastante saudável”, disse o diretor.
As condições mais desafiadoras se refletem também na concorrência por terrenos. Na visão de Horn, ela já “esteve pior” em São Paulo. “Agora está razoável, é cenário no qual dá para operar bem”, disse
A Cyrela projeta para este ano um volume maior de entrega de projetos, o que pode se refletir em maior geração de caixa.
Segundo o co-CEO, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) da companhia, que fechou março em 20,9% (alta de 6,4 pontos percentuais em um ano), pode se manter nesse patamar no ano. “Trabalhamos e torcemos para isso, se mantivermos os lançamentos, deve ser por aí”.
Pode haver impacto, nos resultados da companhia, do aumento das taxas de financiamento à produção, alertou Mickelberg, sem especificar um horizonte para isso.
Questionado sobre a disponibilidade e o custo de mão de obra, Horn afirmou que a empresa tem trabalhado para enfrentar o “problema crônico” de falta de pessoal, mas que o cenário está “controlado” e não está sendo necessário usar os seis meses adicionais de carência nos prazos de entrega das obras. “Podemos usar em um prédio ou outro, mas nossa média é muito abaixo disso”, disse.
A CashMe, operação da Cyrela na área de crédito com garantia imobiliária, deve entregar ROE mais perto de 17% a 18% no ano, afirmou Horn, com lucro na casa dos R$ 100 milhões. Segundo ele, é um mercado “de nicho”, onde é possível ambicionar crescimentos de 10% a 15% ao ano, não mais do que isso.
Ver online: Valor Econômico